A Odalisca

Espera entre vários véus,
Envolta nas trevas da alcova,
A nudez da escrava virgem,
Escultura viva que move lenta,
E de tanta volúpia desfalece,
Como uma ode à languidez.
Afunda graciosa entre as sedas,
Arqueia os seios no ar, que vibra
Em volta com a música leda.
Enquanto a mente frenética imagina,
Movendo-se em dança delirante,
Até que lhe caiam todos os véus,
E venha a se tornar concubina.