COMUNIDADE, IDENTIDADE, ESTABILIDADE.
Por que não trabalho? Mais simples ainda, por que simplesmente não sou sociável? Talvez seja um uróboro cerebral, o fim axial do neurônio ligou-se aos próprios dendritos e de lá não sai. Fui ceifado pela lâmina fria de um bisturi, vivo no jarro junto às outras células do cancro. A melhor anestesia é pensar na compensação, olhar o mundo pelo éter etílico no jarro de vidro. Tenho vantagens que outro jamais terá, e isto devo às diferenças. Forçosamente, vou além do éter que ultrapassa a realidade, mas em que medida entre extremos fico? Como um ser heterotrófico que engloba plastos, sinto só a síntese de tudo que é universal.